Ola pessoal,
Essa semana foi bem turbulenta para os mercados financeiros mundiais, disseminando o pânico e aversão ao risco entre seus agentes. A quebra de instituições como o Lehman Brothers Bank e a seguradora AIG, derrubaram os principais índices das bolsas mundiais na segunda e na quarta feira, causando perdas expressivas em países emergentes como o Brasil, que teve seu índice bovespa com perda de aproximadamente 10% até a quarta feira.
Entretanto, o anúncio de um pacote de medidas econômicas do governo Norte-Americano, melhorou o ânimo dos mercados, promovendo a elevação das bolsas mundiais nessa última quinta e sexta feira, atenuando as perdas semanais provocadas pela avalanche de notícias negativas do início da semana. O objetivo do novo pacote é injetar 1 trilhão de dólares na economia, comprando os títulos podres dos bancos comprometidos, para que estes possam reduzir seu risco em carteira, e assim voltar a conceder empréstimos para outros bancos e para o próprio consumidor e evitando o risco sistêmico. Em poucas palavras, o pacote apresenta características keynisianas (e não socialistas, como escuto de muitos), onde o governo adquire títulos ou até mesmo instituições financeiras que encontram-se em situação delicada (como fez na sexta feira da semana retrasada com as duas agências de crédito imobiliário), para reestrutura-las e depois revende-las ao mercado novamente.
Nas próximas semanas o mercado espera o pedido de falência do Washington Mutual, porém o mercado deva receber essa notícia com maior tranquilidade, sabendo que o Fed (Federal Reserve - o Banco Central do EUA), deva socorre-lo caso isso venha ocorrer.
Agora, os holofotes devem mirar para a retomada dos processos de fornecimento de crédito na economia, tendo em vista que o Fed adquiriu os títulos podres dessas instituições, enxugando o risco sistêmico presente no mercado. Essa retomada de crédito deve, além de manter o consumo da população americana, manter as engrenagens do mercado de securitização ( o mercado de negociação de títulos de dívida) funcionando, o que vem a ser muito bom para os bancos detentores de empréstimos imobiliários.
A dica para aqueles que possuem ações aplicadas na bolsa é: Não vender, e sim aguardar. O preço dos ativos deve retornar ao patamar dos 73.000 no médio/longo prazo. Em compensação, para aqueles que deixaram o mercado antes da crise, há expectativas que o Banco Central aumente ainda mais as taxas de juros na próxima reunião do Copom, tornando os títulos de renda fixa, cada vez mais atrativos, principalmente aqueles pós-fixados (dado o momento de incerteza presente). Aplicações em câmbio, estão totalmente fora de cogitação, pois apresentam riscos muito elevados em momentos como este.
Fica aqui a dica de finanças dessa semana. Vamos acompanhar os mercados pela manhã.
Um bom domingo a todos e boas rentabilidades! :-)
